O corte de funcionários é um assunto delicado para qualquer gestor. Afinal, não é fácil comunicar à sua equipe que o número de colaboradores será reduzido, seja devido a um momento de crise financeira na empresa ou por decisões estratégicas.
Para evitar que a demissão seja traumática e garantir que o desligamento ocorra de forma correta e dentro da lei, há algumas medidas que devem ser tomadas pelo líder.
A seguir, vamos falar sobre os cuidados a serem considerados na hora do corte de funcionários. Acompanhe!
Como comunicar o corte de funcionários
Apesar de o corte de funcionários ser uma situação comum no mercado, quando as despesas precisam ser reduzidas ao máximo, é fato que o desligamento causa tensão nos profissionais.
Sendo assim, o líder precisa se basear em argumentos consistentes e procurar tornar esse processo impessoal, a fim de evitar sentimentos negativos por parte dos colaboradores que serão demitidos. É essencial explicar detalhadamente a situação, dizer-lhes que essa decisão não está relacionada ao desempenho deles e ser o mais profissional possível.
Também é fundamental agradecer aos colaboradores pelos serviços prestados, para mostrar que a empresa reconhece a sua contribuição, e oferecer recomendação profissional quando o funcionário solicitar.
Lembre-se de que a demissão deve ser feita pessoalmente, em uma pequena reunião, e nunca por e-mail, telefone ou redes sociais. Por fim, é preciso cuidar da comunicação interna e informar aos outros colaboradores que os funcionários x não fazem mais parte da equipe e receberam toda a assistência adequada.
Em todas as etapas da demissão, o gestor deve trabalhar junto ao RH; a área de Recursos Humanos orientará de forma correta como conduzir o corte de funcionários. Isso é importante para que o líder não aja despreparado e tome decisões errôneas, que podem até gerar uma ação trabalhista contra a empresa.
Quais são os documentos necessários para a demissão
Assim que a reunião com o profissional demitido terminar, ele deverá assinar os seguintes documentos, os quais são providenciados pelo RH:
- carteira de trabalho, com a data da baixa;
- três vias do termo de rescisão, com RG e nome do gestor responsável;
- uma cópia do atestado médico demissional;
- chave de identificação para saque do FGTS;
- uma cópia do relatório da GRRF, constando os valores dos depósitos e da multa rescisória;
- uma via impressa do requerimento de seguro-desemprego feita por meio do aplicativo Empregador Web, com acesso pelo portal Mais Emprego;
- carta de referência.
Quais são os direitos dos profissionais demitidos
Partindo-se do pressuposto de que o corte de funcionários é um tipo de demissão sem justa causa, então, o colaborador desligado fará jus aos seguintes direitos:
- aviso prévio — se a dispensa for imediata, o funcionário deverá ser indenizado;
- 13º salário correspondente aos meses trabalhados;
- descanso semanal remunerado (DSR), horas extras, comissões, gratificações, prêmios e adicional noturno, quando houver;
- saldo de salários, que é a fração do salário correspondente aos dias trabalhados no mês da demissão;
- férias vencidas e proporcionais, quando houver, contando-se a partir do mês em que o funcionário começou a trabalhar;
- adicional previsto pela CLT de 1/3 incidente sobre as férias vencidas e as proporcionais;
- rescisão na forma do código 01, para a liberação do FGTS;
- indenização compensatória de 40% dos depósitos do FGTS e o levantamento do saldo existente na conta vinculada do FGTS;
- outros tipos de indenização, previstos em acordos de trabalho.
Vale lembrar que é imprescindível atentar-se aos prazos legais para realizar o pagamento dos itens citados, o que deve ocorrer até o primeiro dia útil imediato ao fim do aviso prévio.
Todos os cálculos financeiros referentes aos direitos dos funcionários demitidos são fornecidos pelo RH. Investir em uma ferramenta SAP é uma ótima opção para simplificar e otimizar esse processo e diminuir a probabilidade de erros, visto que os recursos essenciais para a gestão de RH ficarão disponíveis na nuvem.