O que o futuro do capital reserva para o cenário corporativo pós Pandemia? Como as empresas passarão a se relacionar com as pessoas e gerenciar a força de trabalho para atrair e reter os talentos?
A Pandemia da Covid-19 transformou para sempre a visão sobre o futuro do capital humano. As formas e relações de trabalho, dificilmente, voltarão ao que eram antes de o mundo ser surpreendido pela ação devastadora de um inimigo invisível.
Apesar das sequelas, emocionais e econômicas, as profundas mudanças podem trazer uma nova conduta das empresas no modo de se relacionar com seus talentos ao promover ações focadas sobre a força de trabalho para motivação e engajamento.
Quais são as perspectivas sobre o futuro do capital humano? Precisamos entender o conceito e a importância das pessoas no universo corporativo. Continue lendo e vamos juntos avaliar o impacto da Pandemia nos modelos de negócio e a atuação do RH a partir de agora!
O que é o capital humano?
Antes de responder sobre as perspectivas que envolvem as pessoas, precisamos entender o conceito desse termo. Todo profissional com potencial, capacidade, conhecimento e habilidades específicos e aplicáveis no exercício de suas funções é considerado um capital humano.
Esses atributos são essenciais para que o desempenho de trabalho agregue algum tipo de valor, com impacto nos resultados econômicos do negócio. Com isso, cada colaborador nessa posição se torna um talento valioso e importante para o crescimento da empresa.
Por que é tão importante que as organizações se preocupem com a motivação e engajamento das pessoas?
Os profissionais de alta performance estão em busca de empresas que se preocupam em oferecer oportunidade de desenvolvimento. O plano de carreira e a possibilidade real de colocar em prática os conhecimentos adquiridos em anos de estudos são mais atrativos do que salário e benefícios.
É preciso entender que as pessoas estão no centro do negócio e são responsáveis diretas pelo sucesso de uma organização. Em um ambiente estimulante e agradável, a tendência é que cada colaborador desenvolva o senso de pertencimento e se torne promotor natural da empresa em que trabalha.
Além da tecnologia e toda a transformação digital provocada no mundo dos negócios, o isolamento social, com obrigatoriedade de afastamento pessoal e profissional, mudou o olhar das pessoas em relação ao significado do trabalho em suas vidas.
Em contrapartida, as empresas se viram obrigadas a aderir às novas formas de trabalho e criar meios de se relacionar com seus colaboradores à distância — medidas necessárias para não perder os principais talentos e a competitividade mercadológica.
As ações e estratégias para manter os profissionais interessados e permanentes na empresa, devem ser criadas a partir da percepção sobre o que leva os colaboradores a se dedicarem, continuamente, para melhorar cada vez mais os resultados.
Como a pandemia impactou os modelos de negócio e a forma de gerir as pessoas?
A Pandemia provocou uma mudança global, em que todas as empresas, independentemente do segmento, do número de funcionários ou do posicionamento no mercado, foram obrigadas a se ajustar para continuar atuando, mesmo em quarentena.
A estrutura corporativa se dividiu em três grandes blocos, considerando todo o impacto causado, acarretando decisões emergenciais, em meio a reações adversas e procrastinação natural, devido à falta de costume aos novos hábitos.
- força de trabalho;
- gestão de pessoas;
- modo de execução das atividades.
Força de trabalho
O home office, até então fora do radar de implementação, se tornou a principal forma de trabalho, salvando muitas organizações de verem seu negócio ruir, sem condições de dar continuidade às atividades de rotina.
Inesperadamente, muitos negócios continuaram ativos ou até melhoram nesse formato. Em diversos aspectos, os profissionais se sentiram valorizados por poder continuar na empresa, se mantendo em casa, protegidos e produtivos.
Foram muitas adaptações — ajustar horários, enviar equipamentos para as residências, digitalizar documentos e aprender a se comunicar virtualmente — até encontrar uma maneira ideal que contemplasse a todos.
Gestão de pessoas
Os líderes, acostumados a gerir seus colaboradores de perto, mas impossibilitados pelo isolamento, tiveram que compreender a importância de palavras como, confiança, valorização e autonomia.
As soluções tecnológicas se mantiveram como o principal ponto de apoio, para o bem-estar dos colaboradores e desempenho das empresas. Entre canais de comunicação, ferramentas de gestão e sistemas otimizado, o novo cenário progride e mostra resultados.
Tanto líderes, quanto liderados, vivenciaram juntos situações inusitadas, aprendendo diariamente, na prática, com aplicações e técnicas que fizessem sentido para a otimização e fluxo dos processos, e contribuíssem para a produtividade.
Modo de execução das atividades
É possível que muitas organizações permaneçam com boa parte das atividades sendo realizadas em home office, investindo ainda mais na capacitação dos profissionais que demonstram habilidades, boa adequação e tolerância a esse novo mundo.
Os colaboradores, por sua vez, ressignificaram para si e para seus gestores, o conceito de trabalho e como ele é executado, ao se adaptarem a uma rotina totalmente digital, com envio de mensagens e tarefas concluídas por canais virtuais disponibilizados pela empresa.
A pandemia deixou evidente que é o momento de se reinventar para sobreviver à competitividade, em um mercado que prevê o futuro do capital humano com cada vez mais independência e desapego.
Com um movimento transformador, as empresas precisam reestruturar conceitos e fundamentos, reavaliar os princípios da cultura organizacional e incorporar planos de melhoria para configurar os novos modelos de negócio.
Aquele futuro onde a era digital se encontrava com o capital humano para adaptar ideias inovadoras, modernizar e transformar as organizações, chegou mais cedo do que muitos esperavam — o que no passado eram apostas, no presente são certezas.
Qual a relevância da atuação estratégica do RH diante desse contexto?
O RH deixou de ter uma função meramente operacional para desempenhar um papel estratégico, de orientação e direcionamento, ajudando os gestores a tomarem decisões mais seguras e alinhadas aos objetivos do departamento.
Embora ainda esteja no comando de tarefas tradicionais — departamento pessoal, relações sindicais, legislação trabalhista — sua missão de conectar pessoas, tecnologia e processos, agregou valor em um momento complexo.
A essencialidade do RH na transição das atividades presenciais para um ambiente virtual, se consolida pelo conceito de RH 4.0 que aos poucos o departamento foi desenvolvendo, em virtude da invasão tecnológica nos processos corporativos.
Durante a pandemia, o RH também precisou se reinventar. Apesar das constantes melhorias para agilizar os processos e atender às necessidades das áreas, nenhum especialista estava preparado para uma mudança drástica, como no período de isolamento.
Com quatro importantes desafios para trabalhar, o RH é um dos maiores responsáveis por transmitir confiabilidade e segurança em tempos de instabilidade.
- atrair e reter talentos;
- desenvolver os profissionais;
- fortalecer a cultura organizacional;
- manter o clima organizacional saudável (mesmo à distância).
É essencial que todos estejam cientes de que uma nova era se impõe e vencerão as organizações que valorizarem as pessoas e conseguirem, por meio da empatia, unir as forças pessoais e alinhar com os objetivos do negócio.
Por isso, o futuro do capital humano não se concentra em um só departamento ou fator de transformação. É preciso ir além, usar a tecnologia e a força de trabalho a favor do progresso — no futuro, que é agora se destacará a imagem de uma empresa consciente de que sua maior riqueza, ainda são as pessoas.
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