Nos últimos anos, os processos de RH, como recrutamento, avaliação de desempenho e treinamento, mudaram profissionais que somam hard skills e soft skills. Você está preparado para essa nova realidade?
Em uma empresa, ambas afetam diretamente o capital humano, que representa o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes da organização. Logo, um projeto de desenvolvimento de competências bem-sucedido trará resultados importantes, bem como impactos financeiros.
Neste conteúdo, trouxemos informações relevantes para desenvolver competências, aumentando o valor do capital humano. Continue a leitura e conheça as boas práticas!
Qual a diferença entre hard skills e soft skills?
Os termos podem ser traduzidos como competências técnicas e comportamentais, respectivamente. Uma competência seria a combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes para produzir algum benefício, como vender um produto, identificar um bug em um software, solucionar um problema matemático ou lidar com conflito com o cliente.
As hard skills correspondem aos métodos de trabalho, técnicas, uso de ferramentas, domínio da teoria de uma faculdade etc. Normalmente, estão mais ligadas aos conteúdos programáticos de cursos e qualificações, como a capacidade de desenho técnico de um engenheiro ou a operação de uma máquina pelo industrial.
Já as soft skills são comportamentos úteis nas relações interpessoais, como trabalho em equipe, liderança, comunicação e inteligência emocional. Perceba que elas passam a ideia de flexibilidade, podendo se amoldar aos diferentes contextos. Um advogado não consegue realizar o trabalho técnico do engenheiro, mas ambos se utilizam de uma boa comunicação, por exemplo.
A importância de desenvolver hard skills e soft skills
O desenvolvimento de competências é importante porque as hard skills e soft skills afetam o sucesso das metas de processos internos e atendimento ao cliente. Portanto, com o passar do tempo, repercutem nos custos, receitas e lucratividade do negócio.
Além disso, como mostram pesquisas como a do ManpowerGroup e da Robert Half, vivemos um cenário em que é difícil encontrar profissionais competentes. No relatório do ManpowerGroup, 52% dos recrutadores não conseguem fechar suas vagas com talentos, enquanto a Robert Half identifica que 59% consideram difícil ou muito difícil contratar profissionais qualificados.
As empresas, portanto, precisam se preocupar com a gestão de talentos. Manter os profissionais qualificados, recrutar pessoas mais capacitadas e desenvolver os colaboradores são tarefas essenciais para ter vantagens competitivas relacionadas ao capital humano.
Como desenvolver hard skills e soft skills?
O ponto de partida é a avaliação de desempenho. Nela, o RH identifica quais são os gaps de competência — que vão orientar as metas de melhoria e indicar a melhor estratégia de desenvolvimento. Por exemplo, se os vendedores têm nota 2/10 em comunicação e o cargo exige 7/10, existe uma lacuna (gap) de 5 pontos a ser preenchida.
Crie programas de treinamento
A tática mais comum para promover melhorias são os programas de treinamento. Após mapear as necessidades, buscamos uma solução de educação corporativa: cursos presenciais, educação a distância, workshop etc.
Em relação às hard skills, os treinamentos costumam trazer uma parte teórica e atividades de reforço até que as competências sejam aprendidas. Já as soft skills costumam ser trabalhadas em dinâmicas e atividades práticas.
Uma boa prática para as soft skills é criar contextos de trabalho fictícios e colocar o profissional diante das situações que serão enfrentadas no dia a dia. É o caso, por exemplo, de simular o atendimento ao cliente, decisões de liderança, abordagens de vendas etc.
Utilize de jogos e dinâmicas nos treinamentos
Outra boa prática em relação às soft skills é utilizar jogos que exijam as competências comportamentais desejadas no trabalho. É o caso, por exemplo, dos tabuleiros de Monopoly e Banco Imobiliário, que exigem comunicação e negociação ao longo das partidas.
Atualmente, os jogos personalizados, físicos ou eletrônicos, podem ser contratados pelo RH, assim como aconteceria com cursos de qualificação. É tudo uma questão de alocar o orçamento de acordo com o estilo de treinamento mais indicado em cada ocasião.
Aposte em aprendizagem social
As soft skills também podem ser potencializadas com o convívio entre pessoas no ambiente de trabalho. Caso você queira desenvolver a comunicação, coloque o profissional sob a orientação de alguém com alto nível de desenvolvimento na área, por exemplo.
Uma prática que se apoia na aprendizagem social é o rodízio. A técnica é bastante utilizada em treinamentos de gestores e consiste em profissional passar períodos em diferentes setores. Assim, desenvolve-se a compreensão do negócio, a comunicação com os vários perfis da empresa, o pensamento sistêmico etc.
Transforme os especialistas em professores
Algumas empresas contam com profissionais experientes e altamente qualificados em seus quadros. No entanto, quando precisam desenvolver uma hard skill, a primeira medida é buscar no mercado uma parceira para aplicar os cursos e capacitações. Ora, por que não usar os especialistas internos como professores?
Com isso, abrem-se novas oportunidades de ganho financeiro para esses profissionais, enquanto a empresa oferece qualificações mais próximas de sua realidade. Ademais, ensinar é uma das melhores práticas para desenvolver ainda mais as competências.
O desafio será qualificar os profissionais em relação às técnicas de ensino. Procure oferecer o suporte de alguém mais experiente em educação ou do próprio setor de RH para suprir essa necessidade. Caso a equipe conte com um pedagogo empresarial, a tendência é que o processo e a decisão de quando usar essa metodologia sejam facilitados.
Integre a qualificação profissional ao programa de benefícios
O custeio de cursos de qualificação e especialização podem fazer parte da proposta de valor da empresa para os seus funcionários. Trata-se de uma política que se encaixa como um benefício do cargo ou uma premiação por metas alcançadas, entre outras opções.
Aqui, a aposta é na autonomia do profissional para identificar quais competências técnicas ele pretende desenvolver. Além disso, é possível modificar os benefícios, criando experiências para complementar as bonificações financeiras e ajudando a retenção dos talentos a partir da perspectiva de crescimento.
Aplique as técnicas de microlearning
Outra tendência interessante para desenvolver hard skills é o microlearning. Nessa metodologia, o treinamento é divido em unidades de conteúdo, que possam ser vistas em menos de 10 minutos. Assim, a capacitação aborda os pontos específicos de que o profissional necessita, atacando o gap de competência mais diretamente.
Também contribui para a personalização dos treinamentos. Imagine que, em um fast food, os funcionários errem uma das etapas da montagem do produto. No microlearning, o foco é identificar quais são esses pontos e reforçá-los, em vez de abordar novamente todo o processo da cozinha rápida.
Ademais, é uma boa maneira de treinar as competências de tecnologia. É muito comum os profissionais terem dificuldades com algumas funcionalidades, ao passo que dominam diversas outras de um software. O microlearning retira a necessidade de realizar um treinamento do zero.
Quais são os benefícios do desenvolvimento de competências?
Com a lista de boas práticas em mãos, reúna-se com a equipe de RH e verifique quais delas melhor atendem às características dos seus colaboradores. Ao encontrar um conjunto de medidas efetivas e desenvolver competências, a empresa vivenciará uma série de melhorias:
- reduzir a necessidade de dispensar e contratar pessoas;
- minimizar os custos com turnover;
- oferecer perspectiva de crescimento e reter talentos;
- atingir metas de processos internos e atendimento ao cliente;
- melhorar os resultados financeiros como consequência das mudanças.
A tecnologia é uma grande aliada para que essas melhorias aconteçam. Ao pensar em capacitar os colaboradores, é importante ter um software de RH para gerir as avaliações de desempenho e programas de treinamento. Dessa forma, os gestores conseguem acompanhar o progresso dos profissionais e entender quais medidas foram mais efetivas.
Com as práticas indicadas ao longo deste conteúdo e a visibilidade dos processos, você não terá dificuldades para desenvolver hard skills e soft skills. Logo, contará rapidamente com equipes mais qualificadas e bons resultados na empresa.
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